SENTIR , PENSAR, NATUREZA
Por: Iolanda Oliveira
O sentido da vida constitui um questionamento filosófico acerca do propósito e significado da existência
humana.
Foto: Iolanda Oliveira - Camurupim, Marcação - PB |
Ao longo da nossa vida já passamos por vários lugares, caminhos, ruas, estradas, já nos perdemos nas paisagens dos lugares por onde passamos e onde nossos pés deixaram suas marcas. Ao vermos essa imagem podemos perguntar que lugar e este de tamanha exuberância e se este lugar sempre foi percebido assim, se não já foi visto de outra forma se não cedeu lugar a para que outros pudessem admirar.
Sentir se lado a lado com a natureza viva é também um privilégio, diante de um mundo onde vidas são ceifadas e podemos ver reluzir diante dos nossos olhos as faíscas da destruição.
Diante destas imagens mim posto procuro dar um sentido a vida, numa imersão profunda que nos remete as cores, da vegetação, das águas de cada composto orgânico perdido nas correntezas do rio. A imersão com o mundo natural, já transformado humanamente. A imersão na natureza nos provoca a novas experiências que vão além da movimentação do corpo, mas também do nosso pensar, numa imersão de autoconhecimento, um diálogo reflexivo sobre a vida. Na dinâmica da Vivência Filosófica, constituímos um método que consiste em uma imersão dentro do desejo inerente de questionar o nosso mundo e de conferir um sentido para a nossa existência coletiva. O que podemos pensar acerca de uma filosofia atrelada a um pensamento livre, desmedido, desproporcional, mas apenas um pensamento.
O mais radical dos pensamentos livres cruzaram fronteiras, transpassaram muros, atingiram de cheios muitos corações, quebraram muralhas, destituíram as certezas civilizatórias, e desconstruíram os mitos sobre uma única forma de humanidade.
Uma filosofia que não provoca o pensamento é uma filosofia morta despojada sem uma ´presteza que nos arranca da natureza.
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O pensamento não é algo que se esconde de nós, esta impregnado na nossa soberba humanidade. Mesmo quando não queremos pensar, o pensamento ele nos confunde de nos não abdica. Somos como nós pensamos, ou nossos pensamentos expressam como nos constituímos? Como pensamos a vida ? e como relacionamos a vida aos fragmentos de nossas experiências ? Essas são perguntas que não serão respondidas sem o exercício do pensar livre, despojados de verdades e de certezas. Numa sociedade cuja imersão civilizatória e desenvolvimentista em que fomos levados a artificialidade, e ao mecanicismo, a tarefa de pensar parece ser um movimento de poucos, mas esse é apenas um engano, já que o pensar pode ser servido como ideologia, vendido como verdades e ser disponibilizado como certezas. Todos somos capazes de pensar fora dessas amarras de noções e preconceitos, de vivenciar novas ideias, sentimentos, mesmo que diante de olhos alheios possamos parecer tolos. Nosso pensamento não estão sob o jugo alheio, mas da vida entrelaçada a natureza que sou, que permite experimentos, experiências que permite perceber o quanto não natural se tornou a vida numa mescla de relações e interações humanas.
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